Silêncio que acolhe: o sumiço de Manu Gavassi após o parto é um recado sobre autocuidado

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Manu-Gavassi (Foto: Redes Sociais)

No dia 4 de abril, Manu Gavassi deu as boas-vindas à sua primeira filha. Desde então, quem acompanha a artista já notou: ela silenciou. Reduziu drasticamente sua presença nas redes — atitude que, para alguns, parece estranha num mundo onde tudo vira post. Mas há muito mais por trás desse silêncio do que parece.

Para a psicanalista Cintia Castro, esse afastamento não é recuo. É força. É escolha consciente em meio ao turbilhão que é o puerpério — fase marcada por uma avalanche de sentimentos contraditórios: alegria intensa, sim, mas também medo, insegurança e exaustão.

“Logo após trazer uma nova vida ao mundo, muitas mulheres se encontram em um turbilhão de emoções”, afirma. “O nascimento de um bebê é um momento repleto de alegria, mas também pode ser acompanhado de estresse. A pressão para ser uma mãe perfeita, somada às expectativas sociais e à constante comparação nas redes sociais, pode se tornar opressiva.”

Por isso, segundo ela, o distanciamento de Manu é, na verdade, um gesto potente de autocuidado — e de amor-próprio. E mais do que isso: é uma mensagem silenciosa para outras mulheres. Um sinal de que se desconectar é legítimo. Necessário, até.

“Ao diminuir sua exposição nas redes sociais, Manu não apenas prioriza seu bem-estar emocional, mas também mostra a centenas de milhares de suas seguidoras que é normal desconectar-se e colocar a saúde mental em primeiro lugar”, afirma Cintia.

Num universo onde o “mãe real” virou conteúdo, e cada gesto parece precisar de validação pública, escolher o recolhimento é quase um ato de rebeldia. Um recado claro de que viver esse novo papel sem a pressão de parecer perfeita pode ser libertador.

“Vivemos em um mundo onde as redes sociais muitas vezes intensificam a ansiedade e o sentimento de inadequação”, explica a psicanalista. “Ao fazer uma pausa, uma mãe pode realmente focar no que importa: a conexão com seu bebê, a descoberta desse novo papel e a recuperação física e emocional que o pós-parto exige.”

Se antes “sumir das redes” era visto como ausência, agora pode ser um novo tipo de presença. Mais inteira. Mais conectada com o que importa. E isso, especialmente no puerpério, vale ouro.

“Respeitar esse desejo de isolamento e privacidade é uma forma de empoderamento”, completa. “A maternidade é uma jornada singular e íntima, e cada mulher merece a liberdade de vivê-la da maneira que escolher, em seu próprio ritmo e no seu espaço.”

No fim, o que Manu está dizendo sem dizer é que cuidar de si não é egoísmo — é base. E que silenciar, às vezes, é a maneira mais honesta de estar viva.

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