Doença silenciosa: o que aumenta o risco de gordura no fígado

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Mulher com fortes dores

Conhecida como gordura no fígado, a esteatose hepática ocorre quando há acúmulo de gordura nas células hepáticas. A doença costuma ser silenciosa no começo, mas, se não for tratada, pode progredir para quadros mais graves, como inflamações e cirrose.

O estilo de vida atual, marcado por alimentação inadequada e falta de atividade física, tem grande influência no surgimento da esteatose hepática, afirma a hepatologista Karla Maggi, do Hospital Santa Paula, em São Paulo.
Segundo a especialista, o consumo frequente de ultraprocessados, bebidas ditas “fit” com excesso de açúcar, o hábito de comer fora de hora, a privação de sono, o estresse constante e o tempo prolongado sentado estão entre os principais fatores que favorecem o problema.

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Segundo a hepatologista Natalia Trevizoli, do Hospital Sírio-Libanês, medicamentos usados de forma contínua sem orientação médica, incluindo analgésicos, anabolizantes e suplementos ditos “naturais”, podem causar lesões no fígado.

Segundo o médico Lucas Albanaz, do Centro Universitário Uniceplac, o consumo frequente de alimentos ricos em açúcar e gordura saturada, como fast food, frituras, doces, refrigerantes e bebidas alcoólicas, pode estimular o depósito de gordura no fígado ao mesmo tempo em que aumenta a resistência à insulina.

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Sem atividade física constante, o corpo gasta menos energia e perde o controle sobre os níveis de açúcar no sangue, enquanto o sobrepeso e a obesidade, principalmente quando há gordura acumulada na barriga, elevam as chances de doença hepática.

O especialista explica que, apesar de a gordura no fígado ser mais conhecida pelo consumo excessivo de álcool, até ingestões moderadas podem ser prejudiciais em indivíduos suscetíveis.

Ainda segundo Albanaz, não existe um único alimento responsável pelo acúmulo de gordura no fígado, mas sim um padrão alimentar desequilibrado, caracterizado por excesso de calorias, açúcar, gordura e álcool, o que contribui para o desenvolvimento da doença.

O médico ressalta que a esteatose hepática não afeta apenas quem está acima do peso ou se alimenta mal. “A condição pode aparecer em pessoas magras ou que aparentam ter hábitos saudáveis, devido a fatores como distúrbios metabólicos ou hormonais, uso de certos medicamentos, perda de peso rápida, desnutrição severa ou predisposição genética”, explica Albanaz.

Os primeiros sinais de gordura no fígado

No início, os sintomas costumam ser discretos e difíceis de identificar. A hepatologista Trevizoli explica que, entre os sinais mais comuns, estão cansaço, fraqueza, perda de apetite, náuseas, sensação de inchaço e desconforto no lado direito do abdome.

Na fase progressiva da doença, os sinais se tornam mais perceptíveis. Alterações na pele e nos olhos, como icterícia, além de urina escura, fezes claras, coceira generalizada e facilidade para formar hematomas, podem aparecer à medida que o fígado perde parte de sua função.

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